Segundo uma nova pesquisa, quando você visita um outro país e não está conseguindo se comunicar, deve imitar o sotaque da pessoa com quem está falando. Os psicólogos afirmam que empregar as mesmas pronúncias ajuda as pessoas a compreenderem melhor e a serem compreendidas por quem está falando.
O estudo sugere uma tendência natural para imitar o sotaque do outro. Em especial, quando se fala com uma pessoa de sotaque muito forte, regional ou estrangeiro, a pessoa com um sotaque menos pronunciado adota o estilo e o tom do outro. No entanto, os pesquisadores alertam que as pessoas não devem exagerar no sotaque, dando uma impressão de comédia.
Os pesquisadores realizaram uma série de experimentos com estudantes holandeses, colocando-os em situações de conversação com estranhos que adotaram uma variedade de sotaques.
Alguns falavam holandês com forte sotaque regional. Outros usariam um sotaque “inventado”, com um uso acentuado de vogais, que o tornou totalmente desconhecido. Os voluntários foram orientados a responder normalmente ou tentar imitar o sotaque que ouviram e, em seguida, entender o que estava sendo dito a eles.
Os pesquisadores descobriram que aqueles que imitaram o sotaque entenderam o que estava sendo dito a eles muito melhor do que os outros. Os cientistas acreditam que as pessoas, quando estão conversando entre si, tendem a conduzir o discurso em direção ao outro.
Além disso, as pessoas têm uma tendência a imitar uns aos outros na postura corporal, por exemplo, na maneira de cruzar os braços. Há uma tendência natural para suavizar a voz e movê-la, sutilmente, em direção a outra pessoa em uma conversa. Tudo isso melhora a comunicação.
Os pesquisadores ressaltam: não é legal usar um falso sotaque quando falar com alguém, porque a pessoa pode considerar que sua intenção não é amigável. Mas quando o seu cérebro, de modo sutil e inconscientemente, muda a sua voz para soar mais como a de seu interlocutor, a estratégia é útil.
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