No
final dos anos 50, a União Soviética planejou incrementar a sua
produção agrícola nas repúblicas do Uzbequistão e Cazaquistão,
transformando as áridas estepes da Ásia Central em férteis campos de
algodão, visando exportação.
Para isto, fez uma pergunta que mostrou-se desastrosa: "O que traz mais benefícios econômicos, desviar os dois principais rios que desaguam na Mar de Aral para irrigação de plantações de algodão ou a atividade pesqueira e de lazer em suas margens ?"
Mar de Aral em 1985. |
Para isto, fez uma pergunta que mostrou-se desastrosa: "O que traz mais benefícios econômicos, desviar os dois principais rios que desaguam na Mar de Aral para irrigação de plantações de algodão ou a atividade pesqueira e de lazer em suas margens ?"
A resposta dos tecnocratas do Planejamento Central foi que o metro cúbico de água desviado para a cultura de algodão seria mais rentável do que o metro cúbico de água despejado no Mar de Aral, mesmo que este desvio causasse a diminuição drástica daquele que na época era o quarto maior mar interior do planeta, com uma área de 68.000 km2, comparável ao tamanho do Uruguai.
E foi com estes cálculos em mãos que começou um grande projeto de desvio das águas dos rios Amu Darya e Syr Darya para irrigar as plantações uzbeques e cazaques.
A princípio o projeto foi muito bem sucedido, e o Uzbequistão multiplicou sua produção agrícola, tornando-se rapidamente o terceiro maior produtor mundial de algodão.
Porém, a ampliação de canais foi feita de forma indevida, permitindo grande evaporação e vazamentos, causando o primeiro ECOCÍDIO consciente da história.
O que os tecnocratas (funcionário do governo que analisa os problemas levando em conta apenas a questão técnica, sem considerar outros aspectos) de Moscou previram foi que o Aral diminuiria progressivamente de tamanho, mas sem causar grandes danos climáticos ou à população. O tempo mostrou que eles não poderiam estar mais errados.
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Que esta tragédia sirva de lição para os países que continuam buscando o
desenvolvimento econômico sem pensar nos danos ao meio ambiente, como a
China, Índia, Brasil e alguns países africanos. No fim, a natureza
sempre cobra suas dívidas com juros!
Fonte: RIOBLOG
Fonte: RIOBLOG
As pessoas que contibuiram para esse desastre do Mar de Aral, devem desculpas para as milhares de pessoas que prejudicaram e para o nosso planeta.
ResponderExcluirAgora, analizem a transposição do rio São Francisco (Brasil), será que em alguns anos não estaremos chorando sua morte também?Quantas pessoas vão ser beneficiadas com sua transposição?Quem são ela?